Se manter-me casta, a ti já não basta
E lança-me na desgraça de desprezo malfadado
Vergarei o flanco aos gozos desdenhados.
De outro, não tão amado, terei
Os beijos da língua maliciosa
Deflorando reentrâncias secretas
Libidinagem explicitamente liberta
Dos pudores impositores do orgasmo contido
Chupadas, lambidas e saliências
Sorvidas até a última seiva
Dos sulcos gretados, amaciados
No leite e mel jorrados.
Dedos e pontas que se mostram
Tocam-se sofregamente indecentes.
Virgem escorraçada, humilhada aos risos
Pelo amor não correspondido, currada
Até a alma pelo estranho falo não escolhido.
Gozo vertiginoso, safado
De quatro, olhando de lado
Tua face
De homem aparvalhado
Traído!
23/07/2007
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