segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Mas...te perturbando!...



À beira dos lábios
Se abre
A Concha
Revela
A Pérola que recebe o afago
Da mão que adentra rápida, indomável
Violenta serpente sedenta
Cheia de ardências
Que fervem em lavas que correm
Nas veias
Cavas, aortas
Portas
Que engolfam volúpias
Em borbulhante sangue
Alimento da carne fremente
Tremendo de vontades insatisfeitas
Em golfadas de espasmos
Olhos revirados
Acalma...
... e deita...
Prazer solitário...
...aceita...
18/12/2006

ORGASMO

Presa pela nuca
Aos dentes do macho sol
Exaurida em desejos,
Ardente lua Vestida
Do lençol dourado que a cobre nua
É pelos açoites dos beijos dos ventos
Despida para ser violada
Pelo consorte falo madrugada
Dos raios do astro rei.
Pelas coxas mastro cingida
Em galope de lança aríete erguida
É conduzida em vôo de pégasus
Gloriosa viagem
Sexo sem pouso
De interminável gozo!

18/12/2006