sábado, 19 de agosto de 2006

LIBERDADE



Flâmulas ao vento
Bandeirolas soltas
Asas em movimento
Folhas em revoadas
Partículas explodindo
Em furioso tornado
Desejo indo e vindo
Plenamente saciado.

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

MESTRE E APRENDIZ



Na vida somos todos aprendizes
De maior ou menor importância
Lições tiradas de marcas e cicatrizes
De amor ou intolerâncias
O aprendiz está sempre buscando
Aprendizados aprimorar
Outros aprendizes também vão tentando
Querendo a mestres chegar
Mas dedos em riste apontando
Qual infame arma a metralhar
Continuísmo falho desqualificando
Tolo aprendiz a mestre almejar
Não há demérito em ser aprendiz
Cujas falhas podem ser corrigidas
Triste mesmo é ser algoz
Comprazendo-se em abrir feridas
A aprendizes, vagas sempre estarão abertas
A qualquer tempo e idade
O requisito é somente mente aberta
Coração puro e boa vontade
O cargo de Mestre há muito foi preenchido
Em grandiosa obra de luz
O currículum exigido
Foi apenas ser Jesus.

































terça-feira, 15 de agosto de 2006

COMO TE AMO


Eu te amo assim
Sem pensar em mim
Sem lucidez
Sem reclame
Sem rumo
Sem nada pedir.
Eu te quero
Mais que tudo
Mais que o nada
E o infinito.
Sem limite
Sem medida
Sem cronômetro
Sem tamanho
Sem tempo
Só eu e você.

Sentimento solto ao vento
Você e Eu
Mais nada.

Unos...
Caminhando
nossa estrada.


COMBATES DE AMOR

Minha batalha é ser mulher
Guerrilha travada pelos quatros costados
Em mil obstáculos buscando o que quer
Preconceitos à espreita, impiedosos soldados.

Quando busco e caço, sou pistoleira
Quando almas aproximo, alcoviteira
Quando não me contenho, descarada
Quando em dogmas abstenho, dissimulada.

Na batalha da paixão, todas as armas são válidas
Esgrimando corpos em guarda aprumada
Lançando setas ao coração
Como caçadora espero ser caçada.

Tornando-me presa em sensual cativeiro
Cerro portões libertando vontades primitivas
Em seus braços, subjugada por inteiro
Não almejo liberdade; sou eterna cativa.

VOLÚPIA


Fecho os olhos e sinto suas mãos em meus seios
Provocando ondas de desejo...
Recebo sua respiração morna
Desafiando minha resistência
Meu pudor...
Um frenesi lascivo toma-me o ventre
Espasmos doloridos
De vontades não satisfeitas
Quando minhas coxas se abrem
Ao seu invisível toque de dedos mágicos
Dedilhando notas m úmida sensibilidade.
Meu corpo todo se retesa em arco num mudo pedido
De mais...
Muito mais...
Minha carne queima
Consumida em labaredas alucinantes
Fantasio que toma-me em alucinado desvario
Meu desejo cavalga em invasivo falo
Esgarçando-me os sentidos.
Arrebanhando-me em delícias
De vertiginosa viagem
Um despedaçar de prazeirosas pétalas
Cintilantes partículas multicoloridas
Explodem como bolhas de sabão
Gozo de arfante respiração.