sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Ó sempre encantado sonho dos meus sonhos
Ser do meu ser congênito
Ainda não me revelara e já te pressentia em mim.
Foste o invisível companheiro da minha infância sem ricos brinquedos.
O boneco-menino que antecipou a maternidade
No embalo imaginário dos meu braços vazios.
O namorado impossível
Que violou a pura adolescência virgem.
Estiveste comigo em todos os momentos de beleza
Foste invisível ombro em instantes de tristezas
São teus meus filhos e meus versos.
A concepção de uma vida perfeita
Afastou do meu senso lógico
A possibilidade da plenitude amorosa
Tantas vezes te traí, mas fui eu a enganada
Tive-te de permeio em todos os meus enlaces
E não conheci teu corpo.
Foste a obsessão da minha juventude
Sabia que estarias em encantada festa
Mas não tive pompa ou cerimônia
Fiquei a olhar somente pela fresta
Na vã esperança da magia
Com que atrairia teus olhos
Estou certa de que tudo lerás
Não importa quando nem onde
São nossos o tempo e o espaço
Então uma lágrima
De compreensão absoluta rolará,
Vencendo todo o infinito que nos separou.
Sonhei dormir o sono derradeiro
No calor do teu peito, aninhada em teu leito
Não sei se poderá ser,
Mas aqui deixo nestes versos
Que teu olhar acariciará um dia,
Minha forma de música que
Vibrará nos teus lábios e repousará na tua memória,
Pois dou à tua alma-romance
Meu rosto canção em forma de mensagem
Escrita com tinta do coração.

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