domingo, 1 de outubro de 2006

FAXINA

Entre panos de pó vassouras e rodos
Vasculho as teias das minhas lembranças
Enxaguando e torcendo
Lavo as borras da memória
E por vezes, seco lágrimas de saudade.
Vão-se os anos
Esvai-se o tempo
Só não se perde o medo da dor da perda
Ele está lá,
Firme
Inabalável
Inalterável
No fundo do baú
De guardados
Os sentimentos
E o tempo não pára
Corre rápido
Com voraz celeridade
Mas assim mesmo
O medo fica
Lá no fundo
Profundo
Enraizado
Agarrado
Como parasita da vida.
E agora querida?
Fiz-me entendida?
(01/10/2006)

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